Thursday, February 18, 2010

Trade-offs


O que é um trade-off?

"Trade-off ou tradeoff é uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha." (http://pt.wikipedia.org/trade-off)

Para melhor perceber, atentar o seguinte caso:

Temos indivíduo A e B. Ambos com a mesma altura, peso, velocidade, força, etc. De um lado e do outro, encontra-se uma maçã e uma pêra, à mesma distância dos dois indivíduos. Ambos estão esfomeados e ambos querem comer das duas frutas e não querem partilhá-la com ninguém.

Indivíduo A começa a correr em direção à pêra. A decisão que tomou vai impedi-lo de comer a maçã, porque neste momento B está mais perto da maçã e corre em direção a ela. Basicamente, A tomou uma decisão e isso teve uma consequência positiva - matou um pouco da sua fome (ou então enganou-a!) e uma consequência negativa - não pôde comer a maçã tal como desejava. Isto é um trade-off.




Eu sinto alguma admiração por este conceito, já que está presente em todas as formas vivas do nosso planeta. Todos nós tomamos decisões que nos fazem avançar num sentido e regredir no outro

Uma chita que se torne mais rápida do que outra gasta mais energia para caçar e então de cada vez que caça arrisca mais a sua vida. Uma tulipa que aproveite uma abelha para enviar pólen para outra tulipa tem mais sucesso na sua reprodução cruzada, mas está mais dependente da densidade e flutuação de uma população de abelhas. Etc!

Basicamente, o conceito "trade-off" é o que na natureza permite uma diversidade incrível de espécies! Brutal.


Mas não é só no mundo natural... continua.

Monday, February 15, 2010

Falta-me um título para isto. Raios partam!

Ando um pouco aborrecido. Não esperava ter as férias que afinal estou a ter. Tento ocupar o meu tempo mas ainda assim ando aborrecido. Talvez porque andei à quase velocidade da luz durante Janeiro... Mas até queria estudar... só que os profes ainda não nos deram nada suficientemente trincável. Que seca!

Mas deu para pensar e pôr as ideias em ordem... O que eu vinha falar hoje é um pouco conclusão daquilo que escrevi da outra vez. Andei a pensar nessas questões todas... Ando menos perturbado da cabeça. Apercebi-me de que o ser humano tem realmente um dom que é a sua própria maldição. Somos demasiado inteligentes, porra!
É da nossa natureza melhorarmos as nossas ferramentas com que caçamos, também desde sempre tentámos melhorar as nossas casas, isolando-as da estocasticidade externa, as nossas roupas, então se falarmos de medicina a lista de avanços nem se fala. E quão necessários se têm demonstrado... Nos tempos mais remotos do ser humano, este vivia até aos vinte anos (na melhor das hipóteses...) agora não é rara a pessoa que chega aos oitenta...

E de facto não posso culpar quem cura os doentes, quem já me curou. Se o ser humano é capaz disso... porque não? Todos os animais se tivessem essa possibilidade com certeza também o fariam (ou não?)

Por outro lado, os nossos genes não evoluem com a medicina. Isto é polémico, mas é verdade, apesar de não estar a dizer que devíamos deixar de nos apoiarmos uns aos outros. Mas a verdade é que as regras por que a natureza se rege são algo drásticas. E já vimos o quanto a aplicação dessas regras ao ser humano pode resultar num período negro da História do Homem como o é a Segunda Guerra mundial, que foi provocada por uma filosofia de Seleção Natural seguida por Hitler.

O mundo é dinâmico e vai mudando. No entanto, o ser humano não vai evoluindo com ele. Porque quase qualquer um de nós contribui para a geração seguinte, independentemente de ser "mais apto" ou "menos apto".

Por isto tudo eu falo da inteligência humana como um dom, mas também uma terrível maldição... Nem estou a falar da maldição que a inteligência humana tem para com a natureza, já que é inevitável que o Homem tenha de pensar no seu desenvolvimento de um modo sustentável. Estou sim a falar de uma maldição contra ele próprio. Não sei se poderemos desligarmo-nos muito mais da natureza.

É tudo... de uma próxima vez tentarei manobrar melhor esta confusão de pensamentos.

Monday, February 1, 2010

Ser ou Humano?

Basicamente esta é a pergunta que acho que de uma forma geral resume todas as perguntas que tenho vindo a fazer a mim mesmo. Somos seres ou humanos? Ou podemos ser os dois?

Senão vejamos: O que é que nos distingue dos outros seres? Distinguimo-nos dos outros seres? Quando construímos a nossa sociedade, temos sempre de destruir alguma coisa da Natureza? Devemos impôr limites à nossa criatividade e inteligência? É a nossa criatividade um problema? Porque é que o Bem-Estar Humano é muitas vezes sinónimo de Destruição natural? Porque é que a construção de uma casa destrói muitas outras (de outros seres)? Ou será que isso é apenas um reflexo da competição interespecífica na qual o homem obviamente participa? E essa competição justifica as nossas acções? Será que é justo competirmos com as outras espécies, mesmo quando somos intelectualmente superiores? Será a inteligência humana uma fardo pesado, mais do que uma virtude?

E pronto, acabou-se a meditação... Alguém está para ali a pedir a minha atenção no messenger. ficam estas questões... Sinto-me um pouco mais aliviado, embora não tenha libertado todas, obviamente.

Abraço. Acho que não foi tão mau para um primeiro texto. Nem escrevo tão mal como pensava.